Historiadora judia desmente “cumplicidade” de Pio XII com nazistas

30/01/2014 08:09
 

pppioxii23012014O site ACI/EWTN Noticias informou nesta sexta-feira (24/01/14) que a historiadora judia Anna Foa, membro da Associação Europeia de Estudos Judeus, assinalou recentemente que os resultados das investigações revelam que muitos judeus se salvaram durante a II Guerra Mundial pela intervenção de importantes líderes da Igreja, particularmente o Papa Pio XII.

Ao participar de um congresso em Florença (Itália), entre os dias 19 e 20 de janeiro, Anna Foa, conforme informa o vaticanista Sandro Magister em seu blog Chiesa, indicou que os estudos mais atuais anulam “a imagem proposta nos anos sessenta de um Papa Pio XII indiferente ao destino dos judeus ou, inclusive, cúmplice dos nazistas”.

A também professora de História Moderna na Universidade La Sapienza de Roma indicou que “os estudos dos últimos anos evidenciam cada vez mais o papel geral de proteção que a Igreja desempenhou em relação aos judeus durante a ocupação nazi da Itália”.

“De Florença, com o cardeal Dalla Costa, proclamado Justo em 2012, a Gênova com o padre Francesco Repetto, também ele Justo, a Milão com o cardeal Schuster, e assim por diante, naturalmente até Roma, onde a presença do Vaticano, além da existência das zonas extraterritoriais, permitiu a salvação de milhares de judeus”.

Estas obras “de asilo e salvação dos perseguidos”, indicou, não podiam ser fruto somente de “iniciativas a partir de baixo, mas estavam claramente coordenadas e permitidas, pelos vértices da Igreja”.

“Eu gostaria de ressaltar aqui que esta imagem mais recente da ajuda prestada aos judeus pela Igreja não surge de posições ideológicas ligadas ao catolicismo, mas, sobretudo, de investigações concretas sobre a vida dos judeus durante a ocupação, com a reconstrução de histórias de famílias ou de indivíduos. Em resumo, do trabalho de campo”.

A historiadora assegurou que casos de judeus refugiados em Igrejas e conventos aparecem “continuamente nas narrações dos sobreviventes”.

A pesquisadora lamentou que a discussão sobre Pio XII e os hebreus “freou a investigação durante muitos decênios, levando para o terreno ideológico cada tentativa de esclarecer os fatos históricos”.

Em meio da perseguição nazista, assinalou Anna Foa, “sacerdotes e hebreus compartilhavam o mesmo alimento”.

“As mulheres judias passeavam nos corredores dos conventos de clausura, e os judeus aprendiam a recitar o Pai-Nosso e vestiam o hábito como precaução em caso de irrupções nazistas e fascistas”.

Recordando a relação entre judeus e cristãos, que levou a muitos dos primeiros a batizar-se, e que em outros casos ocasionava diálogos respeitosos sobre as religiões, a professora hebreia assinalou que se tratou de uma “familiaridade nova e repentina, iniciada sem preparação pelas circunstâncias, em condições em que uma das duas partes era perseguida e corria o risco de morte e que necessitava, portanto, de maior ‘caridade cristã’, não se deu sem consequências para o início e a acolhida do diálogo”.

“Um diálogo que ocorreu muito mais tarde, certamente, e que se iniciou, sobretudo, em nível teórico. Trata-se de um diálogo de baixo, feito de compartilhar os alimentos juntos e de conversações sem pretensões, também para superar a ansiedade de uma relação desconhecida até esse momento”.

Foa recordou o caso de umas religiosas que em seu convento, em Roma, “acrescentavam bacon à sopa comum só depois de havê-la distribuído às hebreias, para quem tinham dado refúgio. Também esta é, em minha opinião, uma forma de diálogo de baixo”.

A historiadora lamentou que “em um momento que prevalecia a necessidade de esquecer a Shoah, este processo de diálogo foi bloqueado, em parte, porque por um lado os hebreus estavam tentando reconstruir seu próprio mundo e a própria identidade após a catástrofe e, por outro, os católicos pareciam ter retornado às posições tradicionais em que a esperança da conversão era mais forte que o respeito”.

“Nos inícios dos anos sessenta, com ‘O vigário’ de Hochhuth, sobre este processo se projetaria a sombra da lenda negra de Pio XII, com o resultado de obstruir e obscurecer a memória e o peso desse primeiro percurso comum”, indicou.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia.php?id=26602

 

 

Mais um testemunho judeu em favor de Pio XII

Categoria: Artigos


 

 

Em todos os tempos da Igreja Católica, muitas pessoas e Instituições que não concordaram com sua mensagem de salvação, se opuseram a ela procurando desmoralizá-la atacando o Papa e a própria Instituição divina, além das perseguições com muitos mártires, em todos os vinte séculos.

Uma dessas perseguições hediondas ocorreu e ainda ocorre contra o Santo Padre Pio XII, que foi Núncio Apostólico na Alemanha de Hitler, antes de ser eleito Papa.

O site forumlibertas.com, publicou em 16 de abril de 2007, declarações de treze grandes líderes judeus em defesa do grande Papa Pio XII, acusado injustamente por muitos de ter sido omisso na defesa dos judeus diante de Hitler. Na verdade a Igreja, por orientação do Papa, agindo de maneira diplomática, conseguiu salvar cerca de 800 mil judeus de serem mortos pelos nazistas. Muitos judeus famosos como Albert Einstein, Golda Meir, Isaac Herzog, Eugenio Zolli e muitos outros saíram em defesa de Pio XII. O historiador judeu,  Jeno Levai,  se refere a Pio XII nos seguintes termos: “É uma ironia lamentável que a pessoa que, em toda a Europa ocupada, tenha feito mais que qualquer um para conter esse crime horrível e atenuar suas consequências tenha se tornado o bode expiatório pelas falhas alheias”.

Gary Krupp, fundador e presidente da Fundação “Pave the Way” diz que tendo crescido como um garoto judeu em Nova York, sempre acreditou erroneamente que Eugenio Pacelli, o Papa Pio XII, era um colaborador dos nazistas e um ardente antissemita. Segundo foi publicado no site gazetadopovo.com.br, ele relata:

“Disseram-nos que ele se manteve impassível e quase não agiu enquanto 6 milhões de meus irmãos de fé eram enviados para morrer nos campos de extermínio nazistas na Europa. Eu acreditei – mas era verdade?

Em 2006, por uma série de eventos providenciais, os fatos sobre o que ocorreu durante a guerra me foram revelados. Percebi que minha compreensão sobre o Papa da Segunda Guerra Mundial era diametralmente oposta à verdade. Assim, seguindo nossa missão na Fundação Pave the Way – identificar e eliminar obstáculos não teo­­lógicos entre as religiões – decidimos investigar esse tema controverso e divulgar nossas descobertas, fossem quais fossem.

A Fundação concentrou esforços em identificar todo o material original e dar aos pesquisadores a chance de estudar o tema. Ao longo dos últimos sete anos, publicamos mais de 76 mil páginas de documentos originais em nosso site (www.ptwf.org), incluindo reportagens, material impresso e entrevistas em vídeo sobre o assunto. A evidência é avassaladora em favor de Papa Pio XII e prova que ele, de fato, salvou muitos milhares de vidas.

Alguém pode perguntar: por que essa “lenda negra” nunca foi corrigida em todos esses anos? Afinal, fatos são fatos. Praticamente todo líder judeu ou organização judaica da época elogiou os esforços de Pio XII para salvar vidas de judeus. O Papa recebeu reconhecimento até sua morte, em 1958, e por mais cinco anos depois disso. Como se explica que, em apenas um ano, o mundo inteiro mudou sua opinião sobre Pio XII sem um fio de evidência sequer?

A resposta está na agenda política da máquina de propaganda da União Soviética, que engendrou a mudança entre a opinião pública para atacar Pio XII, inimigo visceral do comunismo, atacar a Igreja Católica e isolar judeus de católicos justo no momento em que a declaração “Nostra Aetate”, do Concílio Vaticano II, buscava a reconciliação.

Você duvida? Por que não faz uma experiência por conta própria? Examine os arquivos de jornais, procure cada artigo escrito sobre Pio XII e os judeus entre 1939 e 1958. Você não encontrará um texto negativo sequer. Aqueles que realmente viveram durante a guerra e foram testemunhas oculares dos esforços da Igreja Católica sabem a verdade. E o que tornou esses esforços ainda mais heroicos foi o fato de a Igreja agir mesmo cercada por forças hostis e infiltrada por espiões. A Igreja salvou vidas sem se beneficiar da segurança daqueles que, em comparação, estavam em Washington, Londres ou outros lugares e não fizeram nada. Como foi possível?

A boa notícia é que estamos vencendo a guerra pela restauração da verdade. Em 1.º de julho de 2012, o Memorial do Holocausto em Jerusalém, o Yad Vashem, reescreveu sua enviesada descrição das ações de Pacelli durante a guerra e a substituiu por um texto equilibrado. Novos livros que vêm sendo publicados, baseados em documentos trazidos à luz recentemente, trazem uma avaliação mais moderada das ações da Igreja e desse Papa tão controverso. Que 2013 seja o ano em que a verdade finalmente vença as mentiras e que a reputação desse grande defensor da humanidade seja recuperada”.

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1331641&tit=2013-um-ano-para-recuperar-a-verdade-sobre-Pio-XII

Prof. Felipe Aquino

 

Testemunha lembra como Pio XII escondeu judeus no Vaticano


 

 

Robert
Adler afirma que os nazistas planejavam aniquilar os católicos depois dos judeus

NOVA YORK,
quarta-feira, 3 de novembro de 2010 (
ZENIT.org) – Um judeu testemunhou como seu pai foi salvo
dos nazistas ao ser escondido no Vaticano pelo Papa Pio XII.

Este relato
é o último recolhido pela Pave the Way Foundation, que esteve recopilando
documentos e informes sobre as ações de Pio XII durante a Segunda Guerra
Mundial.

Gary Krupp,
presidente da fundação, anunciou o último testemunho dado por Robert Adler,
membro da Comissão do Alabama para o Holocausto.

Adler
lembrou como seu pai, Hugo Adler, foi levado ao Vaticano em 1941 e lá ficou
escondido durante cinco semanas. Durante esse tempo, encontrou o Papa Pio XII
em muitas ocasiões.

Hugo foi
enviado através de uma rede vaticana pela França e Espanha e depois a Sosua, na
República Dominicana.

Em seu
relato, Robert disse ter sabido através de investigações que os nazistas tinham
planejado aniquilar primeiro os judeus e logo fariam o mesmo com os católicos.
Observou que, devido a isso, o Pontífice realizou todos os esforços do resgate
secretamente.

Concluiu
que seu pai teria morrido se Pio XII não interviesse.

Krupp
expressou gratidão pelo testemunho de Adler, afirmando que “apresentando essa
lembrança tão reveladora, ele pagou a enorme dívida contraída com todos aqueles
que arriscaram suas vidas para conseguir salvar as vítimas da Shoah”.

A Pave
the Way Foundation colocou cerca de 40.000 documentos junto com
testemunhos em vídeo em sua página web para evidenciar o papel de Pio XII na
Segunda Guerra Mundial.

Elliot
Hershberg, presidente do Conselho diretor da fundação, observou: “Este esforço
foi muito custoso e difícil para a fundação, mas valeu a pena”.

“De acordo
com nossa missão se podemos ajudar a iluminar este período controverso que foi
fonte de discórdia entre judeus e católicos durante mais de 46 anos, teremos
ajudado a mudar o curso da história e a melhorar as relações num momento no
qual isso é tão necessário”.

 

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